segunda-feira, 22 de março de 2010

Vivendo no mundo dos rastros

Um rastro de perfume invadiu o meu quarto nesta manhã. Era um cheiro de lavanda com um toque de coco. Pelos passos tímidos e ao mesmo tempo fortes, percebi que era eu mesma.Não entendi muito o que estava acontecendo.Eu havia morrido? O que havia acontecido?
Um toque aveludado em meus lábios me fez despertar, era o vento que chamava pelo mar, o mar das minhas ideias! Resolvi me embriagar com aquele perfume que me envolvia como quem quer alucinar. Peguei o velho caderno de anotações e sentei-me no parapeito da janela. O vento forte fazia meus cabelos delirarem sob o muno, cada fio buscava uma emoção distante, sentia que aquela que estava ali não era eu e sim o meu Eu.
Um rastro de alucinação dominou-me, o vento forte jogou-me para o computador fazendo-o ligar "sozinho". O toque sutil dos longos dedos ,magros, impõem o devido respeito, e que me fora dado por direito. Sentei-me na cadeira, levantando-me do chão, nasceu uma ideia no fundo da emoção, escolhi o universo como motivo de admiração.
Um toque aveludado de desespero encostou-se em mim, levei o mundo nas costas desde que nasci. Pensei em jogar todo esse mundo fora, mas isso não poderia ser feito. Fica como decreto-lei : Nasceu pra ser poeta e pra carregar dentro de si e em suas costas o mundo. Mundo este que a devora a cada segundo, mundo  este que é grande e ao mesmo tempo pequeno, mundo este pronto para soprar novamente os ventos para fazê-la afastar, mundo este, mundo aquele. Mundo pílulas enfervencentes de targifor C, mundo do rivotril, mundo do Coristina D, mundo das palavras, da linguagem, da comunicação alterada, dos sons eletrizantes, das horas que ora passam rapidamente, ora passam como 1 dia = 78hrs, mundo com garrafas d'água o tempo inteiro, mundo com canetas, papéis e livros.
Um toque e um rastro fazem muita coisa.
Trocam sorrisos como quem troca de amor, trocam de música como quem troca de curso, trocam de rastros como se fosse sábado, trocam de amizades como se fossem descartáveis, trocam de emoções como quem é, e sempre será, hipócrita! Aquela troca de emoção para satisfazer o outro, aquela troca superficial, humana e que nunca sai de "moda".
"Preciso, precisamos da verdade nua e crua..." Belchior já dizia.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A velhice verbal e humorística

O pior momento para escrever, qualquer coisa, é antes das 3 da manhã.
Não sei o que acontece, mas deu vinte e três horas meu cérebro não funciona mais tão bem!  Creio que estou ficando velha.
Estou no meu pior momento: Tendinite, deficit de atenção para com a linda gramática, falta de criatividade, idade avançada, indiretas de afastamento e recusa ao que ainda me sobrou de romantismo. Mas, Caro leitor, creio que não estais desejando ouvir os lamentos desta velha! Eu creio que estou ficando velha. A idade mental comprova.
Tomarei a dose da juventude necessária para acordar novamente como uma garota normal e praticante de uma linguagem culta- ao menos na escrita-.

Mas... Antes uma teoria: Derivações de palavras quando ditas sem pensar ficam uma bosta! Principalmente quando escritas e esquecidas ali sem o senso de humor que você teve naquele dado momento.


Eis que dormirei tranquila depois de explicar a mim mesma o erro ou 'pseudo'(?) erro que cometi.