sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Logo de manhã.


Todo o dia acorda-se às sete horas da manhã,escorrega seus olhos por um retângulo cor de goiaba,lança olhares para uns sete ou oito gatos que acordam-a com risos nos olhos.Anda para a penteadeira e penteia os cabelos com os dedos,olha o computador, preto com prata.Organiza as idéias.Vai até a cozinha,prepara o que é de costume logo cedo:Café.Forte.Com açúcar Mascavo.
Prepara torradas,com o pensamento no dia que vem pela frente,tenso,mas,leve;pega a geléia de uva,põe nas torradas e vai até à janela.Depara-se com um tremendo céu azul,com grandes e espaçosas nuvens,um sol pouco quente,pouco frio,aquela brisa que lembra as praias do Recife.Mas,algo está errado nessa paisagem:Os prédios.
A cada dia nascem mais prédios, e cada um que nasce são algumas árvores mortas.Mas,não pensaremos nisso agora.
Depois de comer,vai até o banheiro,toma banho,troca de roupa. São sete e meia.
Corre por entre seus dedos várias páginas,amarelas,azuis,rosas....Eis que bate o vento em seu rosto e lembra-se: Ainda é cedo.
E vai andando a pé,olhando criteriosamente todas as pessoas,de diversas características étnicas,é meu caro,estamos no Brasil.E além de analisar pessoas,analisa paisagens.Passa por diversas árvores de mais de 100 anos,anda por museus,ferro de outros séculos, vindos da França.Sorri,os carros por aqui nem incomodam,são lindos juntos,mesmo mostrando ainda mais a desigualdade social aqui presente.Anda rápido,imagina que já seja tarde,e deixa de analisar tanto as pessoas; analisa os lugares,cheio de verde,atravessa uma ponte,terra do mangue.Os Homens caranguejos já estavam ali desde as quatro da manhã,buscando seu sustento,matando outros animais por asfixia.Naturalmente,ele está com fome.Sobrevivência.Deixe-o.O manguezal grita para ser visto,em meio a sujeira ele está ali,vivo,limpo e sorridente.Gritando para não nos esquecermos que ele está ali. E passa a ponte,olhando o manguezal,vagarosamente... Que até quase é "atropelada" por um homem barbudo de óculos que estava na bicicleta,cinzenta igual aos seus cabelos.Passa a ponte,encontra uma enorme Praça.Não a principal da cidade,mas,fica no coração de um dos centros.Nesta há diversas estátuas ,muita história,foi construída em 1935,creio eu.Atualmente é considerada um jardim histórico.E no mais,sua beleza só pode ser retratada com os próprios olhos!
E vai,depois de uma "distração" dessas para seus afazeres.
Ainda encantada com tanta beleza,vai na esquina e como é de praxe, " Bom Dia! O de sempre" e recebe em troca de seu dinheiro bombons de canela.E segue,ainda feliz.

2 comentários:

  1. Até que fim algo sobre PE,hein?

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  2. É a Praça do Derby, é?
    Passo por lá, todos os dias, de manhã e de noite. Às vezes me canso, mas quando não passo, sinto saudade. Ah, Recife, quanto te quero!
    (Pft. Só percebi hoje que, mesmo sempre lendo teu blog, nunca havia comentado aqui ahaha. Sou uma toupeirona, mesmo!)

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