quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Saindo à francesa.



Como toda segunda-feira, Sofie chegava do trabalho e ia logo checar seus e-mails, enquanto, no micro-ondas estava um café, quase pronto. Ao checar seus e-mails, Sofie resolveu aparecer 'online' em seu mensageiro virtual. Com seu parecer , o George foi logo adiantando-se para chama-la para ir a um Festival de Filmes Francês e Brasileiro. Sofie ficou surpresa e espantada! Por ela, sairia até sem comer. Só para ver aquele ser Humano que alimentava seus sonhos.
Tudo marcado. Quinze horas, na Cafeteria da Rua Paulo Féval, chamada de Madame François.
George sai do mensageiro instantâneo.
Dirigi-se ao seu guarda-roupa, pega uma camisa branca , procura o cartão telefônico, tenta localizar sua mãe   para avisa-la de que sairá com uma amiga, já que ele ainda morava com ela.
Sua mãe mostrou-se a favor de sua saída, uma vez que George realmente precisava ver mais pessoas.
Ele se senta na cama e fica nervoso por alguns segundos ,repreende-se, sempre foi muito frio. Não queria deixar de ser logo naquele dia. Sempre gostava de sair por cima. Vestiu-se rapidamente, esqueceu até de confirmar se Sofie iria mesmo. Colocou perfume .

 Sofie não sabia o que vestir, sentia-se gorda, sem jeito, sem graça.
Vestiu uma roupa que mal cabia nela, aliás, sobrava tecido.
Mas, foi coberta de flores, numa áurea de medo e angustia. Tentou enrolar os cabelos, seca-los, mas, não deu tempo. Perdeu muito tempo tentando achar uma roupa adequada. Ela era do tipo que só se vestia de um jeito só, e quando inovava, errava.
George almoçou, mas, parecia não sentir fome. Ele queria realmente ir, não interessava com quem iria. Viu em Sofie alguém para acompanha-lo e fazê-lo rir.

Rápido.
O Trem das 3hrs.
George subiu rapidamente. Não sabia onde pôr a mão.
Trem rápido, com pessoas das quais ele nada compartilhava a não ser a pressa.
Do outro lado da cidade encontrava-se Sofie , conversando com sua mãe sobre a saída que iria fazer com George. Depois de uma pequena conversa, Sofie vai andando para a Madame François.
Lá,tira de sua bolsa um Livro que continha uma peça Teatral de Millôr Fernandes. Desespera-se, pensando que tinha sido esquecida por George.


Ela nunca teria visto George tão de perto. Olho no olho.
Eis que surge um individuo estranho, mas, apaixonante e delicado.
Ela se aborrece pela demora mas mesmo assim vai até ele. Reconhecem-se. Não se tocam com o tato, é um encontro de almas.

(...)


Todas as palavras foram soltas, no ar.
Caminharam levemente, numa estrada onde não parecia ter fim.
Foram parar no Sol.
Lá, havia um trem. Quando entraram, já estavam assistindo 'Z' .
O filme passou tão rápido e logo, vieram outros: curtas, Longas,Documentários.
Sofie sentia-se vazia, pois, através dos olhos de George, ela conseguia captar tudo que havia no seu profundo ser.

(...)
George manteve-se muito cauteloso, tocou-a algumas vezes para oferecer algo.
Sofie  nada queria. A não ser ver os filmes.
Horas a fio.
(...)
Dormiu.
Quem?
- Sofie.Sofie. (?)





  • Hãaam?








  • Vamos embora. Acabou.

    Pobre Sofie! Tudo não passou de um sonho escarrado n'agua.



Um comentário:

Diz!