sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O conúbio do Velho e do Novo,do Real e do Irreal.


Bem,começaremos novamente... Por enquanto nenhuma introdução,nenhuma razão para estar aqui,nem tão pouco tempo de estar por aqui,mas,estou.
Há vários assuntos para serem abordados,mas,sabe aquela dor de cabeça chata? Que te acompanha por mais de três dias...seguidos!? Pois bem,ela está comigo.
Não,não há razões psicológicas para tal fato,há outras.Fugirei de temas tão dolorosos.Vamos falar de outras coisas?


Tudo parece adormecido,mãos,pés,mente,gatos...
Mas,algo lateja fortemente.
São seus pulsos,avisando-lhe que está viva!
Agregando valores morais a sua mente e mãos.
Ela sente-se viva!


Vai até a cozinha,estende a mão ao vento, pega uma xícara e vai até o balcão com ela em suas mãos. Põe duas colheres de chá de açúcar mascavo,três de café.Ferve a água, enquanto esta esquenta,senta-se no chão de seu apartamento,arrudiada de gatos,deita-se após segundos e embriaguei-se pelo aroma que sai de um espirro angelical de seu gato,e preenche seus dedos com aquele velho afago entre os pêlos. E ri. Ri delicadamente do sorriso que da alma de seu gato brotou.
Esqueceu do café.Mas,ganhou um sorriso afagador,aqueles sorrisos que bastam-se por si só.
Enquanto acarinhava seu amigo de muitas e muitas felicidades e tristezas,lembrou-se da água.
Traçou um caminho reto e rapidamente aplicou àquele aroma dantes seco,a água que fez brotar um perfumoso desejo de caminhar por entre os jardins de suas memórias. E caminhou.Foi longe.
Tão longe que pegou-se indo em direção a chave de seu carro.E lá,como estátua,começou a analisar aquele tapete contorcido de linhas verdes e bege,aquele sofá colorido,de listras em tons de verde,aquelas revistas de Economia e Filosofia espalhadas perto de sua vitrola; e seus sonhos espalhados no teto.
Imaginou que aquilo fosse momento,percebeu que o café havia esfriado,foi esquenta-lo,por mais que não gostasse de café re-esquentado.Passos leves,mas,tensos guiaram-lhe até o fim da casa,foi párar no quarto de sua bisavó,um quarto escuro,quase vazio,mas,cheio de sentimentos e lembranças.Observou os gatos,numa cesta enorme. Naquele dia,tudo estava verde pela janela,não se via o azul.O azul era convertido em floresta.Sentia-se a brisa vindo da janela. Deu um gole longo e delicado.Tirou de seu bolso as chaves e colocou-as perto do criado-mudo estilo imperial.
Perdeu-se no verde-mar do céu,que refletia algo que ela nunca vira.
Mal podia imaginar,aquele,aquele mesmo...Era o reflexo de sua vida.
Parou no tempo.Mas,Acordou de si mesma ,quando sentiu a presença de alguém,o que já seria corriqueiro.Era mais um dos gatos.Sorrindo com olhos de observador-mor.Direcionou seus olhos castanhos expressivos em seu observador e passou a ser observante de outro ser.Eram iguais.
AS memórias pareciam juntar-se como aquele céu,que mais parecia água. Verde,relutante,chamativo,distante.
Pegou as chaves,voltou-se para o chão,beijou vagarosamente o ser que alí estava.Ronronava com ele,sorria de volta.Seus olhos brilhavam de amor.Mas,não resistira,teria que sair.Passou mui rápido por todos os cômodos do apartamento,sentiu um lamento em ter que sair,mas,precisava.Foi até o carro,um Fusca Fafa,marron-bege.Ligou-o,procurou cds,não encontrou nada que lhe fizesse bem naquele momento.Ligou o rádio,e tocou sua música preferida,triste,mas,lhe fazia bem.Foi dirigindo em direção ao nada.Terminou deslocando-se aonde seu inconsciente queria estar.Nem percebeu as horas que passou no trânsito.Foi ao encontro do verde,foi ao encontro do mar,foi ao encontro da terra,foi ao encontro do ar.
Chegou.
Chegou onde ninguém queria estar,numa cena pitoresca,em um luará.Viu estrelas no chão,viu gatos no ar,estava com um copo de filosofia na mão,e na mente um café quente e forte.
Estava,meu caro,quase no norte.Desceu do carro,mas,deixou o som ligado.Mas,ao olhar em volta,encontrou uma Árvore que estava a cantar,pegou em seus galhos e pôs a perguntar se podia-se sentir junto a esta. Conquistou uma resposta sem ao menos pestanejar.Riu meio de lado e já começou a vibrar.Sentiu que o céu que estava dantes a olhar,era o mar que estava a farejar.Sentiu um arrepio em seus braços,era o vento que vinha a lhe empurrar. Delicadamente ela escorava na tromba de um elefante laranja.Aquela cor alegre,que lhe fazia medo.Ojerizou o montante de carne.Foi correndo em frente,seu carro fechou-se, a árvore calou-se e o elefante endagou: - Corres de mim?Corres da vida,corres de ti!?Porquê? A Humana fitou os olhos naquela cor feliz e pôs-se a chorar.Não conseguia falar.Não conseguia indagar,nem respirar.Soltou um suspiro aliviado quando o elefante laranja afastou-se.
E a cada soluço dado,ele afastava-se mais ... e mais. E mais.
Foi andando até o carro,pensando "Por hoje...Basta!". Achou tudo aquilo estranho,mas,gostou.Bebeu o copo de Filosofia,metade cheio,metade vazio.Na mente,acabou o café,no carro,acabou-se a música.No verde,via o laranja. Olhou para trás,tudo estava azul,o manto que cobria dantes seus sonhos.Não havia nuvens.Um sol avermelhado surgia longe.Voltou para sua casa escutando o noticiário.Nada de importante lhe atraia.Até que ela fixou-se em uma palavra:Intensamente.
Pensou que poderia viver as cores intensamente.Lembrou-se das cores,mas,não conseguiu imagina-las.Acabou o noticiário.Toca uma música. Ela novamente apenas capta palavras aladamente ditas... E escuta "Cores de Almodóvar". Junta elementos e compõe argumentos para viver de Cores e Cinema.Tudo que ela queria.Ficou imaginando como iria juntar tantos elementos :Música,Cores,Cinema e Gatos.
Chegou em seu apartamento e foi logo ao quarto de sua bisavó,buscou entre caixotes e lençóis bordados qualquer coisa que pudesse usar a partir de agora para sentir-se em um filme.Terminou encontrando uma caixa no fundo do guarda-roupas,abriu-a lentamente,pensando em jóias ou bordados.Encontrou uma câmera. Tentou liga-la,após enamora-la por um longo tempo.Funciona.
Começou filmando os gatos na cesta,mostrou o teto,o criado-mudo,as velharias,o seu passado e seu presente.Não imaginava que havia uma câmera em sua casa;onde de electrônico só havia seu celular.Ligeiramente foi até a janela,citou palavras soltas,mas,com conexão para ela,naquele momento: Aveia,Gatos,governo,respiração,amor,alegria,tristeza,água,terra,vênus
,Marte,eu,ele,veneno,solidão,pássaros!
Tirou de seu foco o rosto coberto por um véu e voltou a camêra para o céu.E contou tudo que viveu,olhando estrelas.

4 comentários:

  1. alô voooocê!!!!!!
    :]
    =**

    filipe.

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  2. Tamarineira é logo alí,viu?

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  3. Biiiixo, vamos conversar, né? kkkk

    Não use drogas, Juliana, não seja feito eu! Anham...

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  4. Juliana,minha querida,o quê o houve com você?
    hahahhahhahahha

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